Papa: a música é um lugar da alma que nos aproxima de Deus
- 13/12/2025
Leão XIV recebe artistas, organizadores e patrocinadores do evento musical da noite deste sábado, 13, no Auditório Conciliazione, em Roma
Da redação, com Vatican News
A música é para cada um uma trilha sonora que acompanha o cotidiano, “é um diário compartilhado que guarda os sentimentos de todos — nostalgia, desejo, espera, perda, renascimento”. O Natal também tem um sabor semelhante, “nos lembra que Deus, para se manifestar, escolhe uma trama humana”. Leão XIV constrói a analogia no discurso com o qual recebe e saúda no Vaticano os artistas e organizadores do Concerto de Natal programado para a noite deste sábado, 13 de dezembro.
O Natal, um evento “próximo” sem imponência
Chegando à sua 33ª edição, apoiado por patrocinadores e pela Fundação Gravissimum Educationis, este ano o evento tem como objetivo a construção de uma escola primária na República Democrática do Congo, projeto salesiano das Missões Dom Bosco. Para o Papa, é uma oportunidade – após a audiência anterior com os protagonistas do Presépio Vivo de Santa Maria Maior, de Roma – de sublinhar mais uma vez o valor da Natividade. Na noite deste sábado (13/12), observa, “ouviremos melodias nascidas em contextos diferentes, ligadas a histórias, gerações e sensibilidades diferentes. E, no entanto, como acontece no céu noturno, essas luzes sonoras comporão, em harmonia, uma constelação comum que, como tal, não é apenas um desenho, mas uma guia”.
“O Natal, aliás, nos lembra que Deus, para se manifestar, escolhe uma trama humana. Não se serve de cenários imponentes, mas de uma casa simples; não se mostra de longe, mas se aproxima; não permanece em um ponto inacessível do céu, mas nos alcança justamente no coração das nossas pequenas histórias. Ele nos revela, dessa forma, que a vida cotidiana – tal como ela é – pode se tornar o lugar do encontro com Ele.”
Humanidade inspirada pelo Menino Jesus
A “linguagem universal” da música e do espetáculo, continua Leão XIV falando sobre o objetivo solidário do Concerto, lembra também que “a beleza, quando é autêntica, não permanece fechada em si mesma, mas gera escolhas de responsabilidade pelo cuidado do mundo”.
“Assim, a cultura torna-se o fôlego para a dignidade de todos, especialmente dos mais frágeis. Por isso, convido-os a viver este momento como uma peregrinação interior. Por ocasião do Natal, que a música seja o lugar da alma: um espaço onde o coração se expressa, aproximando-nos de Deus e tornando a nossa humanidade cada vez mais inspirada pelo seu amor.”
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